Patricia Toddai_ToddaiCOM atualizada 02*Por Patricia Toddai – jornalista, fundadora da ToddaiCOM, empresa de Assessoria de Imprensa e Comunicação.

patricia@toddaicom.com.br

Os últimos acontecimentos dos ataques às escolas em diversas cidades do nosso país têm instaurado um clima de muita tensão e, em até alguns momentos, de pânico. Este é um tema muito sensível a mim, justamente por ser mãe de adolescentes e tendo de educar, cuidar, preservar e, ao mesmo tempo, deixa-los viver. É uma angústia que se mistura com as alegrias de suas conquistas pessoais. Porém, esta semana vivenciei um episódio que me fez refletir sobre outro prisma desta situação.

As fake news estão com tudo, principalmente, nos grupos de WhatsApp das mães. É um ruído ali, outro acolá, que mexe ainda mais com todos nós. Sabe aquela frase: “Eu ouvi dizer que no colégio…”, e até descobrirmos quando foi, quem foi e se realmente foi, já florou o sentimento da insegurança e do medo.

Por isso, fico pensando, por que numa época de tanto acesso às informações, os boatos ainda persistem? Os ecos da comunicação insistem em aparecer. Acredito que isso tem muito a ver justamente com o anonimato da internet, pois não há mais o olho no olho, a satisfação a dar a sociedade, cadê a coragem de enfrentar o disse-disse?

Daí a importância de se investir ainda mais em comunicação. Principalmente, por parte das instituições de ensino. Quero chamar a atenção para não apenas a circulação dos informativos pelas redes sociais, sites e grupos do WhatsApp, como também da volta das rodas de conversas com pais, educadores, psicólogos, do cafezinho no final do dia com os responsáveis, enfim, do olho no olho. A comunicação sem ruídos é a nossa melhor defesa para evitarmos o pânico, a desinformação. Sei que muitos não acharão essa ideia boa, talvez esses prefiram mesmo o anonimato, sem problema algum, mas que pelo menos acessem os informativos escolares e os levem para uma roda de conversa com seus filhos. Olha aí, mais uma vez estamos falando de COMUNICAÇÃO! E como especialista na área, eu ainda continuo acreditando muito nela.

Somos seres de muitas habilidades, incluindo a da comunicação. Nosso cérebro é multitarefa, somos capazes de, ao mesmo tempo, falar, enxergar, ouvir, cheirar e sentir o “clima”, durante um bate papo. Ao longo de nossa vivência neste mundo moderno estamos desaprendendo a nos comunicar, mesmo diante de tantos recursos tecnológicos. A velha e boa prosa nunca sai de moda, está sempre se reinventando com novas formas de linguagem, de expressões corporais e de gírias. Tudo é válido, sabe “véio”! O importante aqui é se comunicar e se fazer se entender, saber que está sendo compreendido e que está, principalmente, compreendendo a outra ponta – pronto está aqui instalado um diálogo.

Dialogar é sempre a melhor alternativa e podem acreditar dá certo, aproxima as pessoas, ou afasta também, tornam as relações mais saudáveis, livre de cenas de violência e do bullying, e ajudam os adolescentes e adultos também a se tornarem; pasmem: seres humanos. Pensem nisso!